domingo, 8 de maio de 2011

Sobre inclusão digital e inclusão social

Acredito que o maior desafio hoje é transformar a atual era da informação em era do efetivo conhecimento, uma vez que existem novas mídias, ampliam-se as oportunidades, mas esbarra-se em problemas que já deveriam ter sido vencidos. Espera-se que todo este investimento em inclusão digital não sirva apenas para compensar ou balancear a péssima qualidade do ensino oferecido no sistema público, que devido à políticas educacionais inadequadas despeja para o mercado de trabalho anualmente um exército de "analfabetos funcionais", que são contemporâneos da era da informação, mas que pouco aproveitam disso, sem conseguir extrair um efetivo conhecimento de suas experiências digitais.

A falta de autonomia da maioria dos jovens do ensino médio hoje é deprimente (estou escolhendo muito bem as palavras para não pecar pela netiqueta) e não oferecem resistência alguma ao main stream que a grande mídia impõe, sendo totalmente vulneráveis à toda esta inversão de valores, na qual o sujeito que gosta de estudar e se dá bem com isso é um nerd, e isto é pejorativo! Por outro lado, "o popular" muitas vezes cultua apenas a estética e pouco importa se sabe alguma coisa ou não.

Um exemplo que gostaria de citar ocorreu em uma escola que lecionei em 2008, em que alunos que tinham Orkut perguntavam uns aos outros se eles aviam feito o "add". Isto me espantou porque mesmo estando o comando, ou a opção em inglês, idioma que eles estudam desde a 5ª série do ensino fundamental diga-se de passagem, não conseguiram realizar um paralelo entre o add e sua tradução adicionar, que é tão óbvia!

Antes de haver todo este boom de técnologias digitais, deveríamos estar realmente preparados para elas... penso que na realidade, a lista dos excluídos engloba grande parte dos que possuem computador e internet banda larga...

Dêem uma lida nesta matéria:

Abração!
leprechal27@hotmail.com

texto veiculado no fórum da disciplina de Tecnologias da internet para Educação à Musical, dia 27 de abril de 2011.

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