quarta-feira, 18 de maio de 2011

Poluição Sonora

Inicio minha postagem com uma conclusão de Murray Shaffer: "Se há um problema de poluição sonora no mundo de hoje, isso se deve, com certeza, parcialmente e talvez mesmo extensamente, ao fato de os educadores musicais não terem conseguido dar ao público uma educação total no que se refere a consciência de paisagem sonora(...)".

Considero que se Shaffer estava certo, com um programa de educação musical adequado, este problema (que evidentemente existe hoje na sociedade) tende a ser sanado, embora com muito esforço e conscientização e daqui a muitíssimos anos! Vamos porém aos contras:

  1. A maioria da população tem que recorrer à escola pública, que é totalmente perdida na organização de seu currículo, sem saber se prioriza o que é importante para o vestibular, o mercado de trabalho ou para a comunidade onde está inserida. Não acredito que esta escola oferecerá a educação musical de que Shaffer falava.
  2. Não existe o exemplo. Assim como as grandes empresas, que deveriam ter maior responsabilidades com o meio ambiente são as maiores responsáveis pela poluição do ar, rios, solo, etc, com a poluição sonora não é diferente, na guerra das propagandas acaba vencendo quem faz mais barulho e a fiscalização é tão ineficiente quanto nos outros casos.
  3. Se Shaffer afirma que os educadores de uma época em que a educação remunerava bem falharam, o que esperar dos educadores de hoje, que contam com poucos recursos, mal remunerados, estressados e sem esperança no modelo de escola disponível?

Enquanto isso devemos sofrer calados diante do "dj de ônibus" que obriga todos a ouvirem a música (na maioria das vezes irritante) do seu aparelho celular, ao vizinho "legal" que passa com o volume do som do carro no último volume e nos obriga a aumentar o volume da televisão para ouvirmos o jornal ou até mesmo o vendedor de pamonhas que poderia abaixar um pouquinho o volume do megafone (ou então o preço da doce com queijo, rs)


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